... ou foi tão bem assistido,
invadido, assoberbado
pelo excesso de cuidado
que mais teria valido
que alguém tivesse entendido
que ficou desenquadrado
e certamente afogado
por mil coisas sem sentido
que o deixaram tão perdido
que antes quis estar"desligado"...
M. João
Poeta, penso que se refere ao jovem que morreu vítima de falta de assistência médica no hospital de São José, mas não resisti a deixar um pequeno registo do que se está a passar comigo e que acabou por me levar a esta prolongada pausa na única rede social em que publiquei diariamente durante anos a fio... entendo que não seja fácil compreender o funcionamento do cérebro - e não só... - de uma poeta sinesteta, mas a verdade é que apanhei uma autêntica indigestão de informação visual e, se não tivesse parado a tempo, teria mesmo entrado numa situação muito pouco saudável, do ponto de vista da minha saúde mental (a única que vai funcionando "sobre rodas", em mim, e me permite gerir bastante eficazmente a minha criatividade)
Entre "desligar-me" pelo tempo que sinta ser-me necessário e entrar num processo de declarado esgotamento mental, optei pelo primeiro. Claro está que as mil e uma pressões que entretanto me surgiram na vida real também contribuíram de forma muito significativa para aumentar as minhas vulnerabilidades ao nível da percepção, descodificação e interiorização da informação visual e o facto de cada vez ver pior - por falta de óculos adequados - pode e deve ter sido outro dos factores desencadeantes...
Aproveito para renovar os meus votos de Boas Festas e deixar outro abraço grande!