Canto zero
As garrafas e garrafões esvaziados
Que aqui na antiga Tasca da Xana
Por desgostos que vimos afogados
Dia após dia, semana após semana
Em ambiente de festa mergulhados
Assim limpamos nossa alma humana
Pobre o corpo que tanto embriagaram
Mas ao qual suas manchas limparam
Houve por vezes disputas furiosas
Em questões que foram abraçando
Por recalcarem as razões acintosas
Que tais diferendos foram criando
E assim estas memórias gloriosas
Na Tasca da Xana se foram gizando
Dum memorial imenso farão parte
Edificado ao povo em toda a sua arte.