Mundo salgado
Peço desculpa ao mundo
Porque não tenho razão
Peço desculpa ao mundo
Pela falta de compreensão
Peço desculpa ao mundo
Pelas faltas doutro irmão
Espero que o mundo me desculpe
Do fundo do seu coração.
Peço desculpa ao mundo
Porque não tenho razão
Peço desculpa ao mundo
Pela falta de compreensão
Peço desculpa ao mundo
Pelas faltas doutro irmão
Espero que o mundo me desculpe
Do fundo do seu coração.
Pôr do sol ao fim do dia
Na manhã o recomeçar
Dias há que ao terminar
Com a vontade desfeita
Só a longa noite espreita
Parecendo não terminar
Vontade ao regressar
Revela a manhã perfeita.
Toda a notícia é ruído
E todo o ruído é notíca
Toda a verdade é verdade
E toda a mentira também
Toda a mentira é mentira
E verdade só se convém.
O orçamento eu lamento
Não chega para asfalatar
O orçamento eu lamento
Não chega para tratar
O orçamento eu lamento
Não chega para educar
O orçamento eu lamento
Não chega para alimentar
O orçamento de momento
Só chega para matar.
Imperfeição perfeita
Pela crítica está sujeita
À perfeita contradição
Que lhe atribui a perfeição
Mas de imperfeição não passa
Por muito qu’a gente faça
Só o olhar apaixonado
Pode pôr a imperfeição de lado.
Janela da minh’alma
Ao longe a felicidade
Não é espelho da cidade
Lá onde não reina calma
Nem impera fraternidade
Entristece-me a situação
Nós cidade sem coração
E sem alma na verdade.
Poema sem sentido
Sem alegria ou ferido
Sem rima, alma ou côr
De tristeza e tanta dôr
Desprovido de emoção
Espezinhado sem razão
Foi poema mal parido
Antes não fora nascido.