Universos de(s)esperança
Vazios como copos cheios
Cruzamos em bicicleta o infinito
Dos universos paralelos
Açucarados de esperança
Tropeçando em sinapses delinquentes
Abjectas e dispostas ao nada
Preenchendo vazios plenos de ódio
E assassinando amanhãs
Como se não os houvera
Vazios como copos cheios
Escolhemos não escolher
Dando voz às sementes estéreis
Que escolhem germinar ácido
Perfumando almas errantes
Travestidas na espuma fácil
Branqueando areais imensos
E assassinando verdades
Como se não as houvera
Vazios como copos cheios
Mimetizamos vagas expressões
Da felicidade obrigatória
Pairando sob negras nuvens
Rasgando as entranhas
Pra mostrar o azul intenso
Que ilumina caves de prazer
E assassinando universos
Como se não os houvera.